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Maria Carolina Rinaldi

A vitória contra o primeiro caso brasileiro de linfoma não-hodking em uma pessoa jovem

“De repente, alguns sintomas diferentes no corpo... bem que dizem que o corpo fala. Sentia sudorese noturna e cansaço, mas achava normal, pois eu trabalhava o dia todo e depois corria pra Faculdade de Direito, e na volta e estudava durante a madrugada. Passado um tempo estes sintomas pararam, mas depois de um mês apareceu o nódulo na virilha. Então, procurei um médico e dali saí com a informação que teria que correr com exames. Passei em outro médico e o mesmo disse que era uma situação delicada e que teria que correr. Nesta fase os anjos do Senhor Jesus começaram a aparecer.

Já faziam parte da minha vida um casal de pastores muito queridos Reinaldo U. Moraes e Maria Teresa C. Moraes, junto às pessoas especiais da igreja Luz do Senhor em São Caetano do Sul. Mas também quem me ajudou muito foi uma grande amiga da minha mãe, a Cari Córdoba, que ao saber o que estava acontecendo solicitou ajuda pra mim na Rede Feminina de Combate ao Câncer de São Caetano do Sul. Na época, conseguiram consulta no AC Camargo em São Paulo. Naquele momento de muitos pensamentos, consegui sentir o carinho dessas pessoas, de toda minha família e tantas outras para comigo, e um cuidado especial da parte de Deus.

Os resultados saíram e a notícia foi linfoma não-hodking... o que pensei? ‘Senhor, é isso mesmo?’ Já cumpri com os seus propósitos aqui? Era a noite, e eu olhava aquele céu estrelado... muitos pensamentos ao mesmo tempo...e o choro veio à tona, e assim foi a noite inteira. Mas como diz em Salmo 30:5 ‘O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.’ E assim foi comigo. Acordei no dia seguinte e comecei a conhecer a nova Carol... mulher alegre, forte, grata, de fé em Jesus.”

 

O diagnóstico aconteceu no ano de 2005. Quando tinha 23 anos, Maria Carolina (ou Carol, como é chamada) recebeu o diagnóstico de linfoma não-hodgkin, sendo ela o primeiro caso no Brasil.

Por se tratar de um diagnóstico que costumava dar em idosos, a medicina não falava em cura, mas, com o surgimento deste caso, diversas equipes médicas se reuniram para achar uma solução, pois se tratava de uma jovem de 23 anos.

Como diz Carol, “o percurso foi longo, cheio de consultas, exames, até fecharem o diagnóstico pra iniciar o tratamento quimioterápico, mas Deus colocou as pessoas certas em meu caminho”. Pessoas estas, como sua família (pais, irmãos, cunhados e familiares queridos), que são sua 'base', principalmente: Maria dos Reis Rocha, sua "mãe companheirona"; amigos queridos; e excelentes médicos como Dr. Cristiano Fernandes, Dr. Fausto Trigo e a enfermeira Dalva Lúcio Candido.

Por se tratar na época de ser o primeiro caso no Brasil da doença em uma pessoa jovem, a equipe médica apresentou a Carol um Protocolo de Pesquisa Científica, e assim virou estudo de caso por 10 anos. O tratamento foi feito durante o ano de 2005, e depois foi feito a coleta de células tronco, e em seguida acompanhamento. Carol relate que o protocolo foi muito importante, pois na época o seu convênio estava na carência e não faria a cobertura.

 

O tratamento aconteceu por meses, mas com a força que Carol relata receber de Deus, e sendo uma mulher de garra, ela não parou os estudos. Continuou a sua faculdade de Direito em regime domiciliar e ainda mudou o tema do seu trabalho de conclusão de Curso para "Os Direitos dos Pacientes com neoplasia maligna, sob o enfoque dos Direitos Humanos Fundamental". Esta mudança de tema aconteceu durante o curso/tratamento, pois ela relata ter vivenciado muitas dificuldades nos órgãos públicos como, por exemplo, dar entrada em FGTS; e outros direitos que a pessoa nessa situação tem.

Ao ficar careca, Carol sentiu vontade de fazer fotos para, de alguma forma, ajudar as pessoas com a sua história. Com seu cunhado, o fotógrafo profissional Klaus Hofer Turcato, ela aceitou o desafio. Ela quis marcar este momento nas fotos, pois conta que nesse dia, em que precisou raspar a cabeça, foi até João Elias Lucena, seu cabelereiro, e, com muito carinho, o mesmo cuidou da situação. “Aquele momento foi grandioso pois a força, a cura de Jesus invadiu o meu coração. Tive o privilégio de sentir algo muito lindo da parte de Deus, de entender que Deus entregou o seu filho na cruz para que nós tenhamos sempre vida plena e abundante na graça D'Ele. Então este momento me resignificou com a certeza da vitória da cura em minha vida” diz Maria Carolina.

 

Hoje, formada em Direito e também em Marketing, trabalha em Relações Públicas na área de saúde auditiva de uma grande companhia; pretende atuar como empreendedora em alguns projetos; é voluntária na Rede Feminina de Combate ao Câncer em São Caetano do Sul, no qual é grata pelo carinho de Marlene de Pólipo Santi, que representa todas as mulheres maravilhosas da Rede. Carol também é voluntária na Abrale, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (São Paulo), é imensamente grata também a Merula Steagall e Fábio Fedozzi, ambos presidentes da associação. 

Carol afirma que o ponto principal da cura é a FÉ, e que sempre é vista por ser uma mulher com sorriso no rosto partilhando alegrias, como sempre diz seu grande amor, o marido Marcos R. Rinaldi, e amigos à volta. Por isso, dá importância em sermos mulheres que empoderam outras mulheres. Afirma ainda que sua marca é o 'blush', item de maquiagem que anda com ela sempre desde o término das aplicações de quimio até hoje em dia quando se depara com mulheres que precisam de um 'up' com palavra de carinho, para resgatar sua auto estima.

A mulher é a marca, é a força do que ela representa.”
Maria Carolina Rinaldi

 
 
 
Maria Carolina Rinaldi e Adrianah Jalouse

Agradecimentos
Foto: Klaus Hofer Turcato, Adrianah Jalouse (My Soul)
Make: Natália Anastácio
Publicidade e Assessoria: Adrianah Jalouse

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Publicado por
Adrianah Jalouse
Empresária
em 06/05/2022 às 11:21

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