Favela da Rocinha é o tema da Web Série do diretor Felipe Alves
“Blackout” fala sobre a Rocinha, local de origem do diretor e parte da sua reminiscência.
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A ci\u00eancia brasileira est\u00e1 de luto. Morreu nessa ter\u00e7a-feira (9), o neurocientista e pesquisador Iv\u00e1n Izquierdo, aos 83 anos, v\u00edtima de uma pneumonia (n\u00e3o h\u00e1 rela\u00e7\u00e3o com a Covid-19, apesar de o pesquisador ter contra\u00eddo o v\u00edrus no ano passado e se recuperado bem da doen\u00e7a). Ele faleceu em casa, em Porto Alegre (RS).\u00a0
Izquierdo, que nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, e vivia na capital Ga\u00facha desde 1977 com a fam\u00edlia, foi o descobridor de um dos principais mecanismos bioqu\u00edmicos da mem\u00f3ria. O fen\u00f4meno conhecido como \u201cdepend\u00eancia de estado end\u00f3gena e a separa\u00e7\u00e3o funcional entre as mem\u00f3rias de curta e longa dura\u00e7\u00e3o\u201d, concedeu ao pesquisador o t\u00edtulo de um dos maiores especialistas em mem\u00f3ria do mundo. Ele foi coordenador do Centro de Mem\u00f3ria da Pontif\u00edcia Universidade Cat\u00f3lica do RS. Coordenou o Centro de Mem\u00f3ria do Instituto do C\u00e9rebro do Rio Grande do Sul, criado em 2012. Foi professor dos Programas de P\u00f3s-Gradua\u00e7\u00e3o em Gerontologia Biom\u00e9dica e em Medicina e Ci\u00eancias da Sa\u00fade, na PUCRS.
Para o neurocientista, e admirador de Izquierdo, Fabiano de Abreu, a morte do pesquisador \u00e9 uma perda para a ci\u00eancia, mas um legado para a hist\u00f3ria e para novos pesquisadores.
\u201cEu estava cursando psican\u00e1lise, antes da neuroci\u00eancia, quando conheci o Izquierdo. A minha inten\u00e7\u00e3o era buscar a raz\u00e3o do nosso comportamento, e, a partir das minhas pesquisas, em \u00e2mbito cient\u00edfico, eu passei a ver muito o nome dele. Na primeira impress\u00e3o, achei que ele fosse espanhol, j\u00e1 que a maioria dos pesquisadores s\u00e3o europeus ou americanos e a gente n\u00e3o encontra cientistas brasileiros nos holofotes da imprensa. Quando fui pesquisar sobre os estudos dele, acabei achando um document\u00e1rio em que ele dizia que era argentino, naturalizado brasileiro\u201d, relembra.<\/p>
\u201cIsso mostra o quanto ele foi importante levando o nome do Brasil para fora, ou seja, \u00e9 o que eu sempre falo sobre a valoriza\u00e7\u00e3o da ci\u00eancia, da populariza\u00e7\u00e3o, para que possa incentivar a surgir mais Izquierdos\u201d, afirma.
\u201cEle foi um grande homem, com grandes descobertas. Talvez, se estivesse em um pa\u00eds europeu, norte-americano, poderia ter tido uma valoriza\u00e7\u00e3o maior, mas ele preferiu estar aqui porque amava estar no Brasil. Ele deixou um legado que \u00e9 crucial para a vida fazer sentido.Quando cada acad\u00eamico for buscar experimentos, estudos, aprofundados de raiz, dentro \u00a0do n\u00facleo da raz\u00e3o, vai encontrar o nome Izquierdo\u201d, finaliza.
O vel\u00f3rio acontece nesta quarta-feira (10), de 8h \u00e0s 11h, no Cremat\u00f3rio Metropolitano da Capital Ga\u00facha.<\/p>
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A ciência brasileira está de luto. Morreu nessa terça-feira (9), o neurocientista e pesquisador Iván Izquierdo, aos 83 anos, vítima de uma pneumonia (não há relação com a Covid-19, apesar de o pesquisador ter contraído o vírus no ano passado e se recuperado bem da doença). Ele faleceu em casa, em Porto Alegre (RS).
Izquierdo, que nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, e vivia na capital Gaúcha desde 1977 com a família, foi o descobridor de um dos principais mecanismos bioquímicos da memória. O fenômeno conhecido como “dependência de estado endógena e a separação funcional entre as memórias de curta e longa duração”, concedeu ao pesquisador o título de um dos maiores especialistas em memória do mundo. Ele foi coordenador do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do RS. Coordenou o Centro de Memória do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, criado em 2012. Foi professor dos Programas de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica e em Medicina e Ciências da Saúde, na PUCRS.
Para o neurocientista, e admirador de Izquierdo, Fabiano de Abreu, a morte do pesquisador é uma perda para a ciência, mas um legado para a história e para novos pesquisadores.
“Eu estava cursando psicanálise, antes da neurociência, quando conheci o Izquierdo. A minha intenção era buscar a razão do nosso comportamento, e, a partir das minhas pesquisas, em âmbito científico, eu passei a ver muito o nome dele. Na primeira impressão, achei que ele fosse espanhol, já que a maioria dos pesquisadores são europeus ou americanos e a gente não encontra cientistas brasileiros nos holofotes da imprensa. Quando fui pesquisar sobre os estudos dele, acabei achando um documentário em que ele dizia que era argentino, naturalizado brasileiro”, relembra.
“Isso mostra o quanto ele foi importante levando o nome do Brasil para fora, ou seja, é o que eu sempre falo sobre a valorização da ciência, da popularização, para que possa incentivar a surgir mais Izquierdos”, afirma.
“Ele foi um grande homem, com grandes descobertas. Talvez, se estivesse em um país europeu, norte-americano, poderia ter tido uma valorização maior, mas ele preferiu estar aqui porque amava estar no Brasil. Ele deixou um legado que é crucial para a vida fazer sentido.Quando cada acadêmico for buscar experimentos, estudos, aprofundados de raiz, dentro do núcleo da razão, vai encontrar o nome Izquierdo”, finaliza.
O velório acontece nesta quarta-feira (10), de 8h às 11h, no Crematório Metropolitano da Capital Gaúcha.
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Publicado por
Raphael Lucca
MF Press Global
em 02/06/2021 às 11:36