Campus Party 2022 com Dr. Fabiano de Abreu
Neurocirurgião e especialista em comportamento humano é um dos palestrantes confirmados
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O Congresso Cient\u00edfico Multidisciplinario Redilat 2021, organizado pela Revista Cient\u00edfica Ci\u00eancia Latina, debateu temas importantes para a ci\u00eancia mundial. Entre eles, o neurocientista, PhD e bi\u00f3logo, Dr. Fabiano de Abreu, discursou sobre os preju\u00edzos causados pelo mau uso da internet para representantes de diversos pa\u00edses da Am\u00e9rica do Sul.<\/p>
De acordo com ele, \u00e9 necess\u00e1rio explicar sobre os problemas cognitivos gerados pelo excesso de exposi\u00e7\u00e3o \u00e0s telas, principalmente, em lugares como a Am\u00e9rica latina, que tem um n\u00edvel de ansiedade maior por conta de recorrentes problemas sociais e pol\u00edticos. \u201cPor conta dessas quest\u00f5es, buscam-se mais as redes sociais para encontrar recompensa e aliviar essa ansiedade. Por\u00e9m, isso pode ser uma pr\u00e1tica que culmina em um efeito contr\u00e1rio\u201d, afirma.<\/p>
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As redes sociais ativam o sistema de recompensa do c\u00e9rebro e geram a libera\u00e7\u00e3o de dopamina, que causa uma sensa\u00e7\u00e3o de bem estar e alivia os sintomas da ansiedade. Por\u00e9m, o al\u00edvio gerado pela libera\u00e7\u00e3o da dopamina n\u00e3o \u00e9 sempre o mesmo, assim, buscam-se sempre mais raz\u00f5es para liberar a subst\u00e2ncia e, sem o alcance das expectativas, mais ansiedade acontece. \u201c\u00c9 um ciclo vicioso que propicia a libera\u00e7\u00e3o de cortisol, causando a baixa da imunidade por exemplo. Al\u00e9m disso, existe uma cultura de n\u00e3o absor\u00e7\u00e3o de conhecimento nas redes sociais e isso atrofia o c\u00f3rtex cerebral. Desse modo, a capacidade de domina\u00e7\u00e3o de emo\u00e7\u00f5es \u00e9 reduzida e transtornos como a depress\u00e3o podem surgir\u201d, detalha o Dr. Fabiano de Abreu.<\/p>
O neurocientista acredita que, em pa\u00edses mais pobres, as redes sociais tamb\u00e9m s\u00e3o uma alternativa para tentar gerar lucro, por isso, o consumo de internet \u00e9 diferenciado entre os pa\u00edses. \u201cTudo isso interfere na educa\u00e7\u00e3o e na plasticidade cerebral que \u00e9 fundamental para o desenvolvimento da intelig\u00eancia\u201d, pontua.<\/p>
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O tema debatido chamou aten\u00e7\u00e3o de pesquisadores e o neurocientista foi convidado para fazer parte do comit\u00ea da Revista Cient\u00edfica Ci\u00eancia Latina, o maior grupo de revistas cient\u00edficas da Am\u00e9rica do Sul, fato que \u00e9 marcante para o Brasil, pois ainda n\u00e3o h\u00e1 representa\u00e7\u00e3o do pa\u00eds dentro do grupo.<\/p>","indexed":"1","path":[1528,1390,1844],"photo-thumb":null,"sdescr":null,"tags":[],"extracats":[],"request":"public","redir":null,"type":"showroom"},w.pageload_additional=[],w.cg_webpartners_dl=!0,w.cg_holiday=0;})(window,top)
O Congresso Científico Multidisciplinario Redilat 2021, organizado pela Revista Científica Ciência Latina, debateu temas importantes para a ciência mundial. Entre eles, o neurocientista, PhD e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu, discursou sobre os prejuízos causados pelo mau uso da internet para representantes de diversos países da América do Sul.
De acordo com ele, é necessário explicar sobre os problemas cognitivos gerados pelo excesso de exposição às telas, principalmente, em lugares como a América latina, que tem um nível de ansiedade maior por conta de recorrentes problemas sociais e políticos. “Por conta dessas questões, buscam-se mais as redes sociais para encontrar recompensa e aliviar essa ansiedade. Porém, isso pode ser uma prática que culmina em um efeito contrário”, afirma.
As redes sociais ativam o sistema de recompensa do cérebro e geram a liberação de dopamina, que causa uma sensação de bem estar e alivia os sintomas da ansiedade. Porém, o alívio gerado pela liberação da dopamina não é sempre o mesmo, assim, buscam-se sempre mais razões para liberar a substância e, sem o alcance das expectativas, mais ansiedade acontece. “É um ciclo vicioso que propicia a liberação de cortisol, causando a baixa da imunidade por exemplo. Além disso, existe uma cultura de não absorção de conhecimento nas redes sociais e isso atrofia o córtex cerebral. Desse modo, a capacidade de dominação de emoções é reduzida e transtornos como a depressão podem surgir”, detalha o Dr. Fabiano de Abreu.
O neurocientista acredita que, em países mais pobres, as redes sociais também são uma alternativa para tentar gerar lucro, por isso, o consumo de internet é diferenciado entre os países. “Tudo isso interfere na educação e na plasticidade cerebral que é fundamental para o desenvolvimento da inteligência”, pontua.
O tema debatido chamou atenção de pesquisadores e o neurocientista foi convidado para fazer parte do comitê da Revista Científica Ciência Latina, o maior grupo de revistas científicas da América do Sul, fato que é marcante para o Brasil, pois ainda não há representação do país dentro do grupo.
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Publicado por
Jennifer da Silva
MF Press Global
em 15/12/2021 às 18:00