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A busca desenfreada pelo selo de verifica\u00e7\u00e3o nas redes sociais tem levado \u00e0 cria\u00e7\u00e3o de falsos sites de not\u00edcias. Para piorar, nem o Facebook consegue mais compreender o que \u00e9 um leg\u00edtimo de comunica\u00e7\u00e3o e o que \u00e9 uma p\u00e1gina pirata. Tal situa\u00e7\u00e3o pode trazer uma s\u00e9rie de transtornos para quem deseja de forma honesta ter seu nome reconhecido nas redes sociais.<\/p>
Segundo o neurocientista e jornalista Fabiano de Abreu, \u201ch\u00e1 v\u00e1rias empresas que est\u00e3o vendendo postagens na falsa \"imprensa\". Eles criam \"sites de not\u00edcias\" para vender publica\u00e7\u00f5es. Com este desespero pelo desejo de ter o selo de verifica\u00e7\u00e3o, nem mesmo o Facebook consegue saber o que \u00e9 pago ou n\u00e3o, j\u00e1 que, para ter este reconhecimento, a pessoa precisa estar em evid\u00eancia, com o nome na m\u00eddia\u201d, explica.<\/p>
O problema est\u00e1 a\u00ed. A pirataria abre brechas para que sites falsos se espalhem rapidamente, em muito parecidos com uma p\u00e1gina s\u00e9ria. Al\u00e9m disso, os fals\u00e1rios utilizam de estrat\u00e9gias que podem ludibriar os internautas. \u201cJ\u00e1 vi de tudo, at\u00e9 uma barra fake em cima daquele website que poderia fazer acreditar que aquele conte\u00fado pertence a um determinado portal. Tamb\u00e9m j\u00e1 vi lugares que compram seguidores no Facebook e no Instagram para parecer que tem muito acesso. Tem ainda o chamado publipost, que s\u00e3o pessoas que pagam para serem publicadas em que, deveria estar escrito \u2018publicidade\u2019 na postagem, mas em alguns casos, isso n\u00e3o aparece\u201d, detalha o jornalista.<\/p>
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Tudo isso est\u00e1 acontecendo, na vis\u00e3o de Abreu, por uma falta de \u00f3rg\u00e3o no Brasil que fa\u00e7a esta regulamenta\u00e7\u00e3o e fiscaliza\u00e7\u00e3o. \u201cEm Portugal, por exemplo, h\u00e1 o ERC. Para abrir um site \u00e9 necess\u00e1rio ser jornalista ou ter um profissional de comunica\u00e7\u00e3o assinando ap\u00f3s sua aprova\u00e7\u00e3o. Tamb\u00e9m h\u00e1 uma fiscaliza\u00e7\u00e3o assim como suporte. Se algu\u00e9m lan\u00e7ar uma p\u00e1gina de not\u00edcia sem o aval do ERC, em pouco tempo eles contactam exigindo a regulariza\u00e7\u00e3o, ou ent\u00e3o estar\u00e1 enquadrado em crime cab\u00edvel de multa\u201d, destaca.<\/p>
Se por um lado o rigor em Portugal consegue evitar a pirataria, do lado de c\u00e1 do Atl\u00e2ntico a situa\u00e7\u00e3o \u00e9 bem diferente, lamenta: \u201cO problema no Brasil \u00e9 que n\u00e3o existem leis ou \u00f3rg\u00e3os competentes para fazer esta fiscaliza\u00e7\u00e3o e dar o devido suporte, ficando \u00e0s pessoas de bem \u00e0 merc\u00ea desta desordem e, consequentemente, acabam sendo enganadas. O pr\u00f3prio Facebook n\u00e3o est\u00e1 sabendo distinguir o que \u00e9 site de not\u00edcia s\u00e9rio ou n\u00e3o, o que \u00e9 pago ou n\u00e3o, mudando sempre as regras para o selo de verifica\u00e7\u00e3o\u201d, completa.<\/p>","indexed":"1","path":[1528,1390,1074],"photo-thumb":null,"sdescr":"Fabiano de Abreu, que tamb\u00e9m \u00e9 doutor em neuroci\u00eancia, afirma que a pirataria no Brasil se d\u00e1 pela falta de \u00f3rg\u00e3os reguladores competentes","tags":[],"extracats":[],"request":"public","redir":null,"type":"showroom"},w.pageload_additional=[],w.cg_webpartners_dl=!0,w.cg_holiday=0;})(window,top)
A busca desenfreada pelo selo de verificação nas redes sociais tem levado à criação de falsos sites de notícias. Para piorar, nem o Facebook consegue mais compreender o que é um legítimo de comunicação e o que é uma página pirata. Tal situação pode trazer uma série de transtornos para quem deseja de forma honesta ter seu nome reconhecido nas redes sociais.
Segundo o neurocientista e jornalista Fabiano de Abreu, “há várias empresas que estão vendendo postagens na falsa "imprensa". Eles criam "sites de notícias" para vender publicações. Com este desespero pelo desejo de ter o selo de verificação, nem mesmo o Facebook consegue saber o que é pago ou não, já que, para ter este reconhecimento, a pessoa precisa estar em evidência, com o nome na mídia”, explica.
O problema está aí. A pirataria abre brechas para que sites falsos se espalhem rapidamente, em muito parecidos com uma página séria. Além disso, os falsários utilizam de estratégias que podem ludibriar os internautas. “Já vi de tudo, até uma barra fake em cima daquele website que poderia fazer acreditar que aquele conteúdo pertence a um determinado portal. Também já vi lugares que compram seguidores no Facebook e no Instagram para parecer que tem muito acesso. Tem ainda o chamado publipost, que são pessoas que pagam para serem publicadas em que, deveria estar escrito ‘publicidade’ na postagem, mas em alguns casos, isso não aparece”, detalha o jornalista.
Tudo isso está acontecendo, na visão de Abreu, por uma falta de órgão no Brasil que faça esta regulamentação e fiscalização. “Em Portugal, por exemplo, há o ERC. Para abrir um site é necessário ser jornalista ou ter um profissional de comunicação assinando após sua aprovação. Também há uma fiscalização assim como suporte. Se alguém lançar uma página de notícia sem o aval do ERC, em pouco tempo eles contactam exigindo a regularização, ou então estará enquadrado em crime cabível de multa”, destaca.
Se por um lado o rigor em Portugal consegue evitar a pirataria, do lado de cá do Atlântico a situação é bem diferente, lamenta: “O problema no Brasil é que não existem leis ou órgãos competentes para fazer esta fiscalização e dar o devido suporte, ficando às pessoas de bem à mercê desta desordem e, consequentemente, acabam sendo enganadas. O próprio Facebook não está sabendo distinguir o que é site de notícia sério ou não, o que é pago ou não, mudando sempre as regras para o selo de verificação”, completa.
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Publicado por
Jennifer da Silva
MF Press Global
em 13/05/2021 às 13:34