\/p>
Nascida em uma fam\u00edlia com ascend\u00eancia italiana na cidade de P\u00e9rola, no Paran\u00e1, Rose Scalco sonhava desde pequena em ser atriz. Come\u00e7ou a trabalhar como modelo aos 15 anos de idade, em Londrina (PR), mudando-se aos 18 para o Rio de Janeiro, em busca de seus sonhos. Com uma beleza \u00fanica, a ent\u00e3o estudante de Comunica\u00e7\u00e3o Social usava o cach\u00ea das fotos para pagar as aulas de teatro no Tablado - onde fez curso com Ricardo Kosovski e as pe\u00e7as \u201cA vida como ela \u00e9\u201d e \u201cS\u00f3 eles o sabem\u201c - e na Casa de Artes de Laranjeiras (CAL), depois aperfei\u00e7oando ainda mais as artes c\u00eanicas em outros 12 cursos de interpreta\u00e7\u00e3o para TV.\u00a0
Estrelou \u00a0no final dos anos 1990 muitas capas de revista, editoriais de moda e publicidade de produtos de cabelos e de biqu\u00ednis. Para a televis\u00e3o, protagonizou comerciais - em um deles, de cerveja, foi dirigida por Jo\u00e3o Salles - at\u00e9 receber o convite para estrelar a abertura da soap rap \u201cMalha\u00e7\u00e3o\u201d, \u00e0 qual mais tarde faria participa\u00e7\u00e3o. Como atriz, fez \u201cVoc\u00ea Decide\u201d, \u201cCa\u00e7a-Talentos\u201d e \u201cTurma do Didi\u201d, e ainda participou dos programas \u201cDoming\u00e3o do Faust\u00e3o\u201d e \u201cV\u00eddeo Show\u201d.\u00a0<\/p>
<\/p>
A estrela encenou a maioria dos cl\u00e1ssicos infantis no teatro, al\u00e9m da pe\u00e7a \u201cTr\u00eas \u00e9 Melhor\u201d. Com o filme \u201cO lado certo da vida errada\u201d, com Francisco Milani, retirou o registro profissional de atriz, em 1996. Rose sempre acreditou que beleza n\u00e3o era tudo, e que deveria desenvolver conte\u00fado por meio de estudos frequentes. Os livros de Constantin Stanislavski e Lee Strasberg, como Mestres e outros cl\u00e1ssicos, tornaram-se seus guias.\u00a0
De personalidade forte, respons\u00e1vel e determinada, Rose precisou desbravar outros caminhos profissionais, pois a carreira de modelo, ef\u00eamera e com rentabilidade sazonal - n\u00e3o lhe daria o suporte necess\u00e1rio para ter seu primeiro filho. Como um reflexo de sua cor favorita - \u00a0o vermelho, que significa a necessidade de sobreviv\u00eancia e traduz a\u00e7\u00e3o, energia, coragem e transforma\u00e7\u00e3o - a artista mudou suas prioridades frente \u00e0s adversidades, que lhe fizeram renunciar \u00e0 carreira art\u00edstica e escolher a advocacia. Em 2015, a diva conciliou ambas as voca\u00e7\u00f5es e apresentou o programa \u2018Entrelinhas\u201d. No ano seguinte, foi colunista da revista \u201cDiference\u201d, do Paran\u00e1, onde voltou a residir por tr\u00eas anos.\u00a0<\/p>
Defensora incans\u00e1vel dos direitos da mulher e sensibilizada pelo alto \u00edndice de feminic\u00eddio no Brasil, a atriz e advogada \u00e9 a idealizadora do movimento \u201cJusti\u00e7a de Salto Alto - Do Despertar \u00e0 Supera\u00e7\u00e3o\u201d, que lan\u00e7a um olhar diferenciado para a v\u00edtima de viol\u00eancia dom\u00e9stica e luta contra o patriarcado, entre outras abordagens a assuntos do universo feminino e em defesa das crian\u00e7as. O Movimento tamb\u00e9m propaga a reflex\u00e3o e o debate sobre temas importantes da atualidade, como o Transtorno de Personalidade Narcisista, que assola muitas fam\u00edlias e ainda \u00e9 tabu.\u00a0<\/p>
<\/p>
Rose Scalco n\u00e3o para de correr atr\u00e1s de seus sonhos. Acredita que a verdadeira for\u00e7a de uma pessoa est\u00e1 na alma de quem reconhece seu real valor. Ainda intencionada em associar ambas as profiss\u00f5es que desempenha e ama, ela pretende resgatar sua carreira com uma pe\u00e7a ou um curta-metragem inspirado no Gaslighting, uma forma de manipula\u00e7\u00e3o psicol\u00f3gica que faz com que a v\u00edtima duvide da pr\u00f3pria percep\u00e7\u00e3o e sanidade. O termo veio do teatro em 1938, foi estrelado no cinema em 1944 por Ingrid Bergman e hoje \u00e9 utilizado pelo mundo jur\u00eddico, como uma das formas de viol\u00eancia psicol\u00f3gica. Por\u00e9m, adveio a pandemia, a artista precisou novamente se reinventar: criou no Instagram o programa \u201cRecordar \u00e9 viver de quem sempre \u00e9 sucesso\u201c, onde recebe artistas em lives que contribuem com a cultura neste per\u00edodo cr\u00edtico de isolamento social. Rose acredita que a ARTE \u00e9 fundamental neste momento e diz: \u00a0\u201c a ARTE existe para que a REALIDADE n\u00e3o nos destrua.<\/p>
<\/p>
(ENTREVISTA)<\/strong><\/p> - Rose, fa\u00e7a um balan\u00e7o da sua vida.<\/strong> - Voc\u00ea tem dois filhos, Patrick (21 anos) e Marjorie (de 7)... como \u00e9 a rela\u00e7\u00e3o de voc\u00eas e como lidam com essa diferen\u00e7a de idade entre eles?<\/strong> <\/p> - Como surgiu o Movimento \u201cJusti\u00e7a de Salto Alto\u201d?<\/strong> - Voc\u00ea conseguiu unir suas profiss\u00f5es: atriz, advogada e apresentadora. Em tempos de internet, onde todo mundo tem voz e vez, voc\u00ea defende artistas que t\u00eam seus direitos de imagem violados. Como \u00e9 isso?<\/strong> <\/p> - Al\u00e9m de atuar como advogada e na causa feminina com o seu Movimento, voc\u00ea \u00e9 m\u00e3e, advogada, atriz e apresentadora, fazendo Lives com artistas de sucesso de ontem, hoje e sempre. Como voc\u00ea administra essa mulher m\u00faltipla?<\/strong> - Em tempos de pandemia, isolamento social e protocolos, que li\u00e7\u00f5es voc\u00ea tira deste momento dif\u00edcil?<\/strong> <\/p> - O que voc\u00ea gosta de fazer nas horas vagas de lazer?<\/strong> - Quem \u00e9 Rose Scalco?<\/strong> \u00a0 \u00a0<\/p> - Depois de estampar dezenas de capas de revistas na \u00e9poca em que voc\u00ea era modelo, como foi agora voltar a fazer a capa da MAISBONITA, ap\u00f3s anos afastada das lentes fotogr\u00e1ficas?<\/strong> - Quais s\u00e3o seus planos para o futuro?<\/strong> \u00a0<\/p> Jornalista:\u00a0Cec\u00edlia Bahia\u00a0 e Irma\u00a0Lasmar<\/strong><\/p> Fotos da Capa Rose Scalco:<\/strong><\/p> Beleza e foto: @beauty_aramisfreitas<\/strong> Diretor de design:\u00a0Andr\u00e9 Lap<\/strong> ATRIZ, ADVOGADA E APRESENTADORA FALA SOBRE RENÚNCIAS, SUPERAÇÃO, RECOMEÇOS E O DIREITO DA MULHER À LIBERDADE DE ESTAR ONDE QUISER Nascida em uma família com ascendência italiana na cidade de Pérola, no Paraná, Rose Scalco sonhava desde pequena em ser atriz. Começou a trabalhar como modelo aos 15 anos de idade, em Londrina (PR), mudando-se aos 18 para o Rio de Janeiro, em busca de seus sonhos. Com uma beleza única, a então estudante de Comunicação Social usava o cachê das fotos para pagar as aulas de teatro no Tablado - onde fez curso com Ricardo Kosovski e as peças “A vida como ela é” e “Só eles o sabem“ - e na Casa de Artes de Laranjeiras (CAL), depois aperfeiçoando ainda mais as artes cênicas em outros 12 cursos de interpretação para TV. A estrela encenou a maioria dos clássicos infantis no teatro, além da peça “Três é Melhor”. Com o filme “O lado certo da vida errada”, com Francisco Milani, retirou o registro profissional de atriz, em 1996. Rose sempre acreditou que beleza não era tudo, e que deveria desenvolver conteúdo por meio de estudos frequentes. Os livros de Constantin Stanislavski e Lee Strasberg, como Mestres e outros clássicos, tornaram-se seus guias. Defensora incansável dos direitos da mulher e sensibilizada pelo alto índice de feminicídio no Brasil, a atriz e advogada é a idealizadora do movimento “Justiça de Salto Alto - Do Despertar à Superação”, que lança um olhar diferenciado para a vítima de violência doméstica e luta contra o patriarcado, entre outras abordagens a assuntos do universo feminino e em defesa das crianças. O Movimento também propaga a reflexão e o debate sobre temas importantes da atualidade, como o Transtorno de Personalidade Narcisista, que assola muitas famílias e ainda é tabu. Rose Scalco não para de correr atrás de seus sonhos. Acredita que a verdadeira força de uma pessoa está na alma de quem reconhece seu real valor. Ainda intencionada em associar ambas as profissões que desempenha e ama, ela pretende resgatar sua carreira com uma peça ou um curta-metragem inspirado no Gaslighting, uma forma de manipulação psicológica que faz com que a vítima duvide da própria percepção e sanidade. O termo veio do teatro em 1938, foi estrelado no cinema em 1944 por Ingrid Bergman e hoje é utilizado pelo mundo jurídico, como uma das formas de violência psicológica. Porém, adveio a pandemia, a artista precisou novamente se reinventar: criou no Instagram o programa “Recordar é viver de quem sempre é sucesso“, onde recebe artistas em lives que contribuem com a cultura neste período crítico de isolamento social. Rose acredita que a ARTE é fundamental neste momento e diz: “ a ARTE existe para que a REALIDADE não nos destrua. (ENTREVISTA) - Rose, faça um balanço da sua vida. - Você tem dois filhos, Patrick (21 anos) e Marjorie (de 7)... como é a relação de vocês e como lidam com essa diferença de idade entre eles? - Como surgiu o Movimento “Justiça de Salto Alto”? - Você conseguiu unir suas profissões: atriz, advogada e apresentadora. Em tempos de internet, onde todo mundo tem voz e vez, você defende artistas que têm seus direitos de imagem violados. Como é isso? - Além de atuar como advogada e na causa feminina com o seu Movimento, você é mãe, advogada, atriz e apresentadora, fazendo Lives com artistas de sucesso de ontem, hoje e sempre. Como você administra essa mulher múltipla? - Em tempos de pandemia, isolamento social e protocolos, que lições você tira deste momento difícil? - O que você gosta de fazer nas horas vagas de lazer? - Quem é Rose Scalco? - Depois de estampar dezenas de capas de revistas na época em que você era modelo, como foi agora voltar a fazer a capa da MAISBONITA, após anos afastada das lentes fotográficas? - Quais são seus planos para o futuro? Jornalista: Cecília Bahia e Irma Lasmar Fotos da Capa Rose Scalco: Beleza e foto: @beauty_aramisfreitas Diretor de design: André Lap Fonte: revistamaisbonita.com
- Tenho muito orgulho de minha trajet\u00f3ria \u00edntegra e de luta. Comecei a trabalhar com 14 anos. Fui promotora de vendas, digitadora, professora do ensino fundamental, al\u00e9m de trilhar as carreiras de modelo, atriz, apresentadora e advogada. Ap\u00f3s o meu div\u00f3rcio, trabalhei tr\u00eas meses como vendedora em um shopping para sustentar a mim e ao meu filho at\u00e9 sair minha carteira da OAB, que, gra\u00e7as a Deus, passei no primeiro exame de ordem e me orgulho de toda a minha hist\u00f3ria.<\/p>
- Eles s\u00e3o tudo para mim. Se tem algo pelo qual luto nesta vida \u00e9 pelos meus filhos, sob todos os aspectos. Patrick sempre foi a raz\u00e3o de meus passos, e Marjorie, o divisor de \u00e1guas para retomar meu eixo, meu equil\u00edbrio. Eles s\u00e3o minha for\u00e7a motriz para seguir em frente e transformar as adversidades em oportunidades. Costumo dizer que s\u00f3 tenho de riqueza meus conhecimentos e meus filhos; o restante podem me tirar que reconstruirei sempre.<\/p>
- Minha monografia em 2003 foi sobre viol\u00eancia dom\u00e9stica, bem antes da Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, que, juntamente com as altera\u00e7\u00f5es posteriores, \u00e9 uma grande contribui\u00e7\u00e3o para a causa, fundamental na defesa da mulher. Como advogada, atuei desde o in\u00edcio em Direito de Fam\u00edlia e acompanho de perto os ciclos e tipos de viol\u00eancia, den\u00fancias e a luta nos tribunais, al\u00e9m de eu mesma j\u00e1 ter vivido a viol\u00eancia e superado. O despertar e a quebra do sil\u00eancio d\u00e3o in\u00edcio \u00e0 liberta\u00e7\u00e3o da pris\u00e3o sem muros. Falta muito ainda, mas lutamos para isso: para que a mulher seja livre e possa dizer n\u00e3o e continuar viva, sem correr riscos. Como ativista idealizei o Movimento para auxiliar outras mulheres em situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia e o nome veio por simbolizar a eleg\u00e2ncia, mas tamb\u00e9m por representar o poder feminino ap\u00f3s sua reconstru\u00e7\u00e3o.<\/p>
- Eu n\u00e3o consigo me calar diante de injusti\u00e7as. E, al\u00e9m da defesa de mulheres e crian\u00e7as, que s\u00e3o primordiais para mim, defendo os artistas que tiveram o uso da imagem e os direitos autorais violados. Acho essencial. Os direitos existem e s\u00e3o da pessoa. N\u00e3o se trata de algu\u00e9m dar algo, mas sim de ningu\u00e9m retirar o que j\u00e1 pertence \u00e0 pessoa.<\/p>
- A vida \u00e9 movimento. Eu me vejo em v\u00e1rios pap\u00e9is sociais e isso me faz bem. Acredito que podemos ser o que mentalizamos e podemos fazer v\u00e1rias coisas e bem, desde que com foco e dedica\u00e7\u00e3o. Como advogada, acabei atuando tamb\u00e9m na \u00e1rea penal, em Opera\u00e7\u00f5es com amplas divulga\u00e7\u00f5es na m\u00eddia. E como desafio \u00e9 meu lema, tamb\u00e9m me senti realizada com mais esta vertente. Digo que come\u00e7o agora a ter o direito de viver, porque por dificuldades sempre trabalhei e lutei para sobreviver.<\/p>
- Acho que a li\u00e7\u00e3o \u00e9 coletiva. Que um n\u00e3o \u00e9 diferente do outro. Que todos s\u00e3o importantes e devemos dar valor ao que n\u00e3o tem pre\u00e7o nesta vida. As coisas mais sagradas s\u00e3o as mais simples e, de certa forma, hav\u00edamos perdido o foco nas quest\u00f5es essenciais da vida. O isolar volta o olhar para si mesmo e a reflex\u00e3o passou a ser fundamental.<\/p>
- Eu amo cinema, m\u00fasica, livros, pintura e tudo o que envolve arte. Adoro Agatha Christie, biografias e n\u00e3o fic\u00e7\u00e3o. Ler permite viagens para dentro de si e tudo flui melhor na vida.<\/p>
- Simples, aut\u00eantica e que v\u00ea no riso um b\u00e1lsamo para a vida. Busca ter direito ao que \u00e9 suficiente, al\u00e7ando voos sem perder as ra\u00edzes.<\/p>
- Fiquei muito honrada e feliz e, hoje, tenho outros prop\u00f3sitos, como passar a mensagem sobre o direito de qualquer pessoa a recome\u00e7ar em qualquer fase da vida; a liberdade plena da mulher e a necessidade autoconhecimento, autorrespeito e amor pr\u00f3prio; a mulher e seu real valor; e propagar que todas s\u00e3o incr\u00edveis. O problema \u00e9 que nem todas sabem disso, e mostrar-lhes isso \u00e9 a minha miss\u00e3o.<\/p>
Tenho planos p\u00f3s-pandemia para retomar a carreira art\u00edstica. Farei minha parte e deixarei acontecer. Quero estar onde minha alma determinar e, para isso, ousar e se reinventar s\u00e3o as palavras de ordem. Sou advogada e tenho \u00eaxito no que fa\u00e7o porque me dedico muito e sigo \u00e0 risca o que meu pai sempre dizia: por mais simples que seja a profiss\u00e3o, d\u00ea o seu melhor. Acredito que tenho potencial para estar onde quiser e isso me move. Isso j\u00e1 come\u00e7ou com o quadro com os artistas e com o convite que tive do Dr. Fabiano de Abreu para escrever no site \u201cLive News\u201d. Com sua peculiar intelig\u00eancia, ele percebeu o sonho de minha vida em uma entrevista que fiz com ele para o \u201cJusti\u00e7a de Salto Alto\u201d, deixando-me muito feliz!<\/p>
J\u00f3ias:\u00a0@ricardovelosodesigner<\/strong><\/p>
Web design: Adriel Alves<\/strong>
Design: Aija Alves<\/strong><\/p>","indexed":"1","path":[1530,1518],"photo-thumb":null,"sdescr":null,"tags":[],"extracats":[],"request":"public","redir":null,"type":"showroom"},w.pageload_additional=[],w.cg_webpartners_dl=!0,w.cg_holiday=0;})(window,top)Utilizamos cookies para fins analíticos e funcionais visando melhorar sua experiência com nosso website.
Ao navegar, você concorda com nosso uso de cookies. FecharROSE SCALCO
A mulher está on onde ela quiser!
Estrelou no final dos anos 1990 muitas capas de revista, editoriais de moda e publicidade de produtos de cabelos e de biquínis. Para a televisão, protagonizou comerciais - em um deles, de cerveja, foi dirigida por João Salles - até receber o convite para estrelar a abertura da soap rap “Malhação”, à qual mais tarde faria participação. Como atriz, fez “Você Decide”, “Caça-Talentos” e “Turma do Didi”, e ainda participou dos programas “Domingão do Faustão” e “Vídeo Show”.
De personalidade forte, responsável e determinada, Rose precisou desbravar outros caminhos profissionais, pois a carreira de modelo, efêmera e com rentabilidade sazonal - não lhe daria o suporte necessário para ter seu primeiro filho. Como um reflexo de sua cor favorita - o vermelho, que significa a necessidade de sobrevivência e traduz ação, energia, coragem e transformação - a artista mudou suas prioridades frente às adversidades, que lhe fizeram renunciar à carreira artística e escolher a advocacia. Em 2015, a diva conciliou ambas as vocações e apresentou o programa ‘Entrelinhas”. No ano seguinte, foi colunista da revista “Diference”, do Paraná, onde voltou a residir por três anos.
- Tenho muito orgulho de minha trajetória íntegra e de luta. Comecei a trabalhar com 14 anos. Fui promotora de vendas, digitadora, professora do ensino fundamental, além de trilhar as carreiras de modelo, atriz, apresentadora e advogada. Após o meu divórcio, trabalhei três meses como vendedora em um shopping para sustentar a mim e ao meu filho até sair minha carteira da OAB, que, graças a Deus, passei no primeiro exame de ordem e me orgulho de toda a minha história.
- Eles são tudo para mim. Se tem algo pelo qual luto nesta vida é pelos meus filhos, sob todos os aspectos. Patrick sempre foi a razão de meus passos, e Marjorie, o divisor de águas para retomar meu eixo, meu equilíbrio. Eles são minha força motriz para seguir em frente e transformar as adversidades em oportunidades. Costumo dizer que só tenho de riqueza meus conhecimentos e meus filhos; o restante podem me tirar que reconstruirei sempre.
- Minha monografia em 2003 foi sobre violência doméstica, bem antes da Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, que, juntamente com as alterações posteriores, é uma grande contribuição para a causa, fundamental na defesa da mulher. Como advogada, atuei desde o início em Direito de Família e acompanho de perto os ciclos e tipos de violência, denúncias e a luta nos tribunais, além de eu mesma já ter vivido a violência e superado. O despertar e a quebra do silêncio dão início à libertação da prisão sem muros. Falta muito ainda, mas lutamos para isso: para que a mulher seja livre e possa dizer não e continuar viva, sem correr riscos. Como ativista idealizei o Movimento para auxiliar outras mulheres em situação de violência e o nome veio por simbolizar a elegância, mas também por representar o poder feminino após sua reconstrução.
- Eu não consigo me calar diante de injustiças. E, além da defesa de mulheres e crianças, que são primordiais para mim, defendo os artistas que tiveram o uso da imagem e os direitos autorais violados. Acho essencial. Os direitos existem e são da pessoa. Não se trata de alguém dar algo, mas sim de ninguém retirar o que já pertence à pessoa.
- A vida é movimento. Eu me vejo em vários papéis sociais e isso me faz bem. Acredito que podemos ser o que mentalizamos e podemos fazer várias coisas e bem, desde que com foco e dedicação. Como advogada, acabei atuando também na área penal, em Operações com amplas divulgações na mídia. E como desafio é meu lema, também me senti realizada com mais esta vertente. Digo que começo agora a ter o direito de viver, porque por dificuldades sempre trabalhei e lutei para sobreviver.
- Acho que a lição é coletiva. Que um não é diferente do outro. Que todos são importantes e devemos dar valor ao que não tem preço nesta vida. As coisas mais sagradas são as mais simples e, de certa forma, havíamos perdido o foco nas questões essenciais da vida. O isolar volta o olhar para si mesmo e a reflexão passou a ser fundamental.
- Eu amo cinema, música, livros, pintura e tudo o que envolve arte. Adoro Agatha Christie, biografias e não ficção. Ler permite viagens para dentro de si e tudo flui melhor na vida.
- Simples, autêntica e que vê no riso um bálsamo para a vida. Busca ter direito ao que é suficiente, alçando voos sem perder as raízes.
- Fiquei muito honrada e feliz e, hoje, tenho outros propósitos, como passar a mensagem sobre o direito de qualquer pessoa a recomeçar em qualquer fase da vida; a liberdade plena da mulher e a necessidade autoconhecimento, autorrespeito e amor próprio; a mulher e seu real valor; e propagar que todas são incríveis. O problema é que nem todas sabem disso, e mostrar-lhes isso é a minha missão.
Tenho planos pós-pandemia para retomar a carreira artística. Farei minha parte e deixarei acontecer. Quero estar onde minha alma determinar e, para isso, ousar e se reinventar são as palavras de ordem. Sou advogada e tenho êxito no que faço porque me dedico muito e sigo à risca o que meu pai sempre dizia: por mais simples que seja a profissão, dê o seu melhor. Acredito que tenho potencial para estar onde quiser e isso me move. Isso já começou com o quadro com os artistas e com o convite que tive do Dr. Fabiano de Abreu para escrever no site “Live News”. Com sua peculiar inteligência, ele percebeu o sonho de minha vida em uma entrevista que fiz com ele para o “Justiça de Salto Alto”, deixando-me muito feliz!
Jóias: @ricardovelosodesigner
Web design: Adriel Alves
Design: Aija Alves