Não sei se em sua casa, quando há algum problema mínimo de manutenção, você resolve logo ou pensa “depois eu vejo isso...”. A cidade onde moro viveu a segunda opção durante um bom tempo.  Como cheguei a essa conclusão: tenho o hábito, quando tenho disponibilidade, de fazer caminhadas. E, por causa disso, observo o estado das coisas. Lembro-me de algumas situações que me incomodaram muito: por um longo tempo vi uma galeria de esgoto entupida que jorrou seu despejo por trezentos metros até o próximo ralo com vasão; vários postes sem lâmpadas; uma grade caída, pois improvisaram a sustentação com um arame, que rompeu devido a ferrugem, mas não voltaram para usarem um parafuso apropriado; árvores frondosas em parques que tombaram devido às ventanias... e por aí vai.

Qual a minha bronca com isso? Sempre ouvi que o caixa da prefeitura está baixo, mas o funcionário da empresa de esgoto está contratado e recebendo. Talvez não haja interesse em resolver a questão do esgoto por ser em uma área onde o valor do IPTU é baixo; as lâmpadas estão no estoque da companhia municipal de iluminação pública; em relação à grade, quanto custa um conjunto de parafuso, porca e duas arruelas? E o que mais me irritou: não houve um único funcionário de secretaria de Parques e Jardins, Meio Ambiente ou equivalente para plantar uma muda de árvore, sendo que o município tem um “viveiro” de árvores nativas da nossa região!
Antes de prosseguir, enfatizo que não tenho qualquer ligação partidária ou de relacionamento com a administração municipal!

Como em todo o país, tivemos as eleições municipais e houve a troca do prefeito. Em pouco tempo eu vi esses problemas muito simples e baratos sendo resolvidos. Lógico que o novo prefeito quis mostrar serviço e não merece confetes pelo exercício de suas obrigações, inclusive “nada” custou aos cofres do município, mas percebi nisso a vontade de resolver pendências.   

Mas por que postergaram problemas tão simples e baratos de se resolverem?
 

Publicado por
Nelio Ribeiro
Consultor de Marketing Politico
em 15/03/2021 às 11:32