Musa fitness Sue Lasmar revela segredo do corpo escultural: “consistência”
Há quase uma década como praticante de musculação e exercícios físicos
\/p>
1. Watusi, nome art\u00edstico de Maria Alice Concei\u00e7\u00e3o, atriz, int\u00e9rprete, bailarina e cantora brasileira. Quem lhe deu o nome art\u00edstico Watusi?<\/strong><\/p> Na verdade, eu que escolhi esse nome pra mim mesma. Na \u00e9poca, H\u00e9lcio Milito, baterista do Tamba Trio, foi o meu diretor aqui dentro da CBS, e ele disse que nome de Maria Alice n\u00e3o iria a lugar nenhum. Casualmente, eu estava lendo um livrinho que contava a hist\u00f3ria dos Watusi, uma tribo africana que tinham uns 2,20m o mais baixinho, e a\u00ed eu me achei nesta altura de 2,20m, s\u00f3 que eu tinha 1,74m, e achei justo porque n\u00e3o era nome de ningu\u00e9m e sim de uma tribo. <\/p> 2. \u00c9 verdade que a sua descoberta n\u00e3o foi pelo produtor Abrah\u00e3o Medina, da TV Globo?<\/strong><\/p> N\u00e3o! Na verdade, eu me descobri, eu fui at\u00e9 a TV Globo para participar de um programa chamado \u201cTV Fama\u201d e que tinha um quadro chamado \u201cPorta da Fama\u201d. Eu fui para participar deste programa de calouros e quando eu fiz as duas audi\u00e7\u00f5es o diretor disse que eu n\u00e3o participaria do programa \u201cPorta da Fama\u201d, mas eu seria convidada do programa \u201cTV Fama\u201d. <\/p> 3. Na verdade tudo come\u00e7ou quando voc\u00ea gravou o seu primeiro compacto pela CBS Brasileira. Conte-nos sobre esta trajet\u00f3ria, at\u00e9 onde fixou resid\u00eancia em Barcelona?<\/strong><\/p> Eu gravei um compacto simples na CBS com duas can\u00e7\u00f5es, inclusive foi na mesma \u00e9poca que eu iria participar do concurso, e a gravadora n\u00e3o lan\u00e7ou o meu CD para que eu pudesse participar desse concurso porque a regra do programa dizia que pessoas que j\u00e1 haviam gravado n\u00e3o poderiam participar. Foi muito legal que o diretor da gravadora resolveu me ajudar n\u00e3o publicando o CD, que era um compacto simples naquela \u00e9poca.\u00a0 <\/p> A partir da\u00ed minha vida tomou um rumo no qual eu conseguia enxergar muita coisa que antes eu n\u00e3o enxergava no Brasil. No Brasil, ali\u00e1s, eu n\u00e3o conhecia nenhuma cantora que cantava e dan\u00e7ava. Eu fui contratada pela a\u00a0 <\/p> 4. Porque o diretor presidente do Moulin Rouge de Paris, Jacki Clerico, e o core\u00f3grafo Ruggero Angeletti foram at\u00e9 Barcelona para contrat\u00e1-la a ser a Estrela que ficou em cartaz no famoso \u201cFrenesi 80\u201d de 1978 at\u00e9 1982?<\/strong><\/p> J\u00e1 havia passado um ano e meio, quase dois anos, que eu recusei estar no Moulin Rouge porque eles queriam que eu fizesse uma apresenta\u00e7\u00e3o com um grupo de brasileiros, bailarinos e ritmistas que n\u00e3o duraria mais que um minuto e meio. Eu disse que no Moulin Rouge eu s\u00f3 tinha a meta de entrar como estrela, at\u00e9 porque o quadro do espet\u00e1culo era Brasil e eu era cantora, n\u00e3o entendi porque n\u00e3o me deixaram terminar o espet\u00e1culo. <\/p> 5. Voc\u00ea foi a principal estrela da casa \u201cMoulin Rouge\u201d, considerada a vedete mais bem paga da Europa. Segundo fontes, voc\u00ea ganhava US$ 25 mil por m\u00eas para cantar e dan\u00e7ar duas vezes por dia, sete dias por semana. Valeu a pena?<\/strong><\/p> Eu fui a primeira estrela da Moulin Rouge a ter o nome em neon na porta, sendo essa a casa mais respeitada do planeta. \u00c9 uma honra, e \u00e9 com muito prazer que eu digo que vale a pena voc\u00ea \u00e0s vezes recusar para poder dar um passo ainda maior. <\/p> 6. \u00a0Voc\u00ea atra\u00eda para a plateia gente de porte, como os atores Sylvester Stallone e Raquel Welch, o ator e cantor Yves Montand, e chegou a dividir o palco com Gene Kelly e Ginger Rogers, como foi estar ao lado destas celebridades?<\/strong><\/p> V\u00e1rias pessoas foram me ver no Moulin Rouge como Sylvester Stallone e Raquel Welch, que at\u00e9 chegou a subir no palco, e inclusive eu tenho uma foto com ela e todo elenco da Brasiliana Ballet. A Ginger Rogers foi em um evento que aconteceu para a UNICEF, um especial dentro do Moulin Rouge no qual foram Gene Kelly, Dalida, Peter Ustinov e muitas outras pessoas famosas que fizeram parte desse dia perfeito. 7. \u00a0Na revista Ra\u00e7a Negra saiu uma mat\u00e9ria sobre voc\u00ea e Robert de Niro, disseram que voc\u00ea teve um romance com ele, \u00e9 verdade?<\/strong><\/p> Eu namorei o Robert por dois anos e meio, todos os dias ele ligava pra mim para dizer que me amava e tudo mais, n\u00f3s t\u00ednhamos um papo muito legal. Toda vez que ele vinha\u00a0ao Brasil, a m\u00eddia ficava enlouquecida, queria saber o que tanto ele fazia no Brasil. Na \u00e9poca, s\u00f3 quem sabia sobre isso eram Neville John Madden, a esposa e outras tr\u00eas ou quatro pessoas, mais ningu\u00e9m sabia. <\/p> 8. Mais tarde, segundo fonte, depois de uma temporada de doze anos (1983 a 1995) no Scala, a casa de espet\u00e1culos carioca de Chico Recarey em que voc\u00ea trabalhou 1.500 dias sem folga (quase entrou para o Guiness Book), voc\u00ea nunca mais pisou nos palcos. Conte-nos o que aconteceu.<\/strong><\/p> Quando eu cheguei no Brasil, eu fiz um ano no Beco de S\u00e3o Paulo com a dire\u00e7\u00e3o Abelardo Figueiredo, depois eu fui para o Rio de Janeiro e fiquei tr\u00eas meses no Velho Gale\u00e3o com um grande patroc\u00ednio. Quando eu estava atuando, o Scala iria inaugurar um espet\u00e1culo, e Paulo Max e Maur\u00edcio Sherman vieram me ver e contrataram para ser a estrela desta grande casa de espet\u00e1culos, ao lado do meu grande \u00eddolo Grande Otelo. Eu era f\u00e3 dele desde garotinha. <\/p> 9. O pen\u00faltimo disco lan\u00e7ado no Brasil foi intitulado (Por Causa de Voc\u00ea) cont\u00e9m as seguintes m\u00fasicas:<\/strong> \u201cPriva\u00e7\u00e3o de Sentidos\u201d, que foi conhecida por fazer parte da personagem Fran\u00e7oise Forton da novela \u201cSonho Meu\u201d. Esta m\u00fasica \u00e9 muito linda e foi a que mais tocou. <\/p> 10. O show #Watusi 50 anos em comemora\u00e7\u00e3o ao meio s\u00e9culo de sua carreira fama internacional foi comemorado em 2019, voc\u00ea pretende continuar em 2021 e 2022?<\/strong><\/p> Como \u00e9 bom a gente comemorar os anos que a gente tem de vida e carreira. Esse show foi uma comemora\u00e7\u00e3o junto com v\u00e1rios amigos, Celso Bailarino, Celso de Almeida, etc. O primeiro show que eu fiz foi no Teatro Baden Powell, em homenagem \u00e0 primavera na qual todas as pessoas vinham vestidas \u00e0 car\u00e1ter de flores. Foi a primeira vez que foi feito no Brasil e que eu gostaria de fazer todos os anos, mas com a pandemia n\u00e3o deu para fazer. 11. \u00c9 verdade que voc\u00ea est\u00e1 preparando um novo CD e ser\u00e1 tema de livro? Conte nos sobre este projeto.<\/strong><\/p> \u00c9 verdade, estou preparando um CD com o Jos\u00e9 Milton. Inclusive, vai ter o mesmo t\u00edtulo do espet\u00e1culo que n\u00f3s montamos: chama-se Back to Rio, que \u00e9 o grande espet\u00e1culo que eu quero fazer no Rio de Janeiro. Estamos na fase de escolha de repert\u00f3rio, escrevemos eu e minha s\u00f3cia, Gl\u00f3ria Ara\u00fajo, que \u00e9 uma grande compositora. <\/p> 12. Para encerrar qual a mensagem voc\u00ea deixa, para quem tem sonho de gostaria de seguir a carreira art\u00edstica?<\/strong><\/p> A primeira coisa que voc\u00ea precisa fazer \u00e9 parar e pensar no seu objetivo, e eu sempre digo \u201cescreva na sua pele o que voc\u00ea quer ser\u201d, mas n\u00e3o apenas escreva, trabalhe para que isso aconte\u00e7a. Muitas portas fechar\u00e3o para voc\u00ea, mas se voc\u00ea encontrar uma janela, fa\u00e7a dela a maior port\u00e3o da sua vida. Nunca deixe que as pessoas te diminuam por ter algo que os outros n\u00e3o gostam, acredite no que voc\u00ea \u00e9 e no que voc\u00ea pode proporcionar a si mesmo. <\/p> \"Muitas pessoas me viram brilhar no Moulin Rouge e no Scala Rio, mas agora voc\u00ea e seus amigos podem ter um momento exclusivo comigo!\"<\/em> \u00a0<\/p> CR\u00c9DITOS:<\/strong> EMPRES\u00c1RIOS DA CANTORA WATUSI<\/strong><\/p> Rodrigo Zampronni<\/strong><\/a>: Dire\u00e7\u00e3o Geral \u00a0<\/p> FOTOGRAFIA<\/strong><\/p> Luis\u00a0Teixeira Mendes<\/a>:\u00a0<\/strong>Fot\u00f3grafo da Capa \u00a0<\/p> REVISTA MAISBONITA<\/strong><\/p> Andr\u00e9 Lap<\/strong><\/a>: <\/strong>CEO & Diretor de\u00a0Design, Webdesign e Marketing \u00a0<\/p> ENTREVISTA POR<\/strong><\/p> Jo Ribeiro<\/strong><\/a>:\u00a0<\/strong>CEO & Jornalista<\/p>","indexed":"1","path":[1530,1648],"photo-thumb":null,"sdescr":null,"tags":[],"extracats":[],"request":"public","redir":null,"type":"showroom"},w.pageload_additional=[],w.cg_webpartners_dl=!0,w.cg_holiday=0;})(window,top) 1. Watusi, nome artístico de Maria Alice Conceição, atriz, intérprete, bailarina e cantora brasileira. Quem lhe deu o nome artístico Watusi? Na verdade, eu que escolhi esse nome pra mim mesma. Na época, Hélcio Milito, baterista do Tamba Trio, foi o meu diretor aqui dentro da CBS, e ele disse que nome de Maria Alice não iria a lugar nenhum. Casualmente, eu estava lendo um livrinho que contava a história dos Watusi, uma tribo africana que tinham uns 2,20m o mais baixinho, e aí eu me achei nesta altura de 2,20m, só que eu tinha 1,74m, e achei justo porque não era nome de ninguém e sim de uma tribo. 2. É verdade que a sua descoberta não foi pelo produtor Abrahão Medina, da TV Globo? Não! Na verdade, eu me descobri, eu fui até a TV Globo para participar de um programa chamado “TV Fama” e que tinha um quadro chamado “Porta da Fama”. Eu fui para participar deste programa de calouros e quando eu fiz as duas audições o diretor disse que eu não participaria do programa “Porta da Fama”, mas eu seria convidada do programa “TV Fama”. 3. Na verdade tudo começou quando você gravou o seu primeiro compacto pela CBS Brasileira. Conte-nos sobre esta trajetória, até onde fixou residência em Barcelona? Eu gravei um compacto simples na CBS com duas canções, inclusive foi na mesma época que eu iria participar do concurso, e a gravadora não lançou o meu CD para que eu pudesse participar desse concurso porque a regra do programa dizia que pessoas que já haviam gravado não poderiam participar. Foi muito legal que o diretor da gravadora resolveu me ajudar não publicando o CD, que era um compacto simples naquela época. A partir daí minha vida tomou um rumo no qual eu conseguia enxergar muita coisa que antes eu não enxergava no Brasil. No Brasil, aliás, eu não conhecia nenhuma cantora que cantava e dançava. Eu fui contratada pela a 4. Porque o diretor presidente do Moulin Rouge de Paris, Jacki Clerico, e o coreógrafo Ruggero Angeletti foram até Barcelona para contratá-la a ser a Estrela que ficou em cartaz no famoso “Frenesi 80” de 1978 até 1982? Já havia passado um ano e meio, quase dois anos, que eu recusei estar no Moulin Rouge porque eles queriam que eu fizesse uma apresentação com um grupo de brasileiros, bailarinos e ritmistas que não duraria mais que um minuto e meio. Eu disse que no Moulin Rouge eu só tinha a meta de entrar como estrela, até porque o quadro do espetáculo era Brasil e eu era cantora, não entendi porque não me deixaram terminar o espetáculo. 5. Você foi a principal estrela da casa “Moulin Rouge”, considerada a vedete mais bem paga da Europa. Segundo fontes, você ganhava US$ 25 mil por mês para cantar e dançar duas vezes por dia, sete dias por semana. Valeu a pena? Eu fui a primeira estrela da Moulin Rouge a ter o nome em neon na porta, sendo essa a casa mais respeitada do planeta. É uma honra, e é com muito prazer que eu digo que vale a pena você às vezes recusar para poder dar um passo ainda maior. 6. Você atraía para a plateia gente de porte, como os atores Sylvester Stallone e Raquel Welch, o ator e cantor Yves Montand, e chegou a dividir o palco com Gene Kelly e Ginger Rogers, como foi estar ao lado destas celebridades? Várias pessoas foram me ver no Moulin Rouge como Sylvester Stallone e Raquel Welch, que até chegou a subir no palco, e inclusive eu tenho uma foto com ela e todo elenco da Brasiliana Ballet. A Ginger Rogers foi em um evento que aconteceu para a UNICEF, um especial dentro do Moulin Rouge no qual foram Gene Kelly, Dalida, Peter Ustinov e muitas outras pessoas famosas que fizeram parte desse dia perfeito. 7. Na revista Raça Negra saiu uma matéria sobre você e Robert de Niro, disseram que você teve um romance com ele, é verdade? Eu namorei o Robert por dois anos e meio, todos os dias ele ligava pra mim para dizer que me amava e tudo mais, nós tínhamos um papo muito legal. Toda vez que ele vinha ao Brasil, a mídia ficava enlouquecida, queria saber o que tanto ele fazia no Brasil. Na época, só quem sabia sobre isso eram Neville John Madden, a esposa e outras três ou quatro pessoas, mais ninguém sabia. 8. Mais tarde, segundo fonte, depois de uma temporada de doze anos (1983 a 1995) no Scala, a casa de espetáculos carioca de Chico Recarey em que você trabalhou 1.500 dias sem folga (quase entrou para o Guiness Book), você nunca mais pisou nos palcos. Conte-nos o que aconteceu. Quando eu cheguei no Brasil, eu fiz um ano no Beco de São Paulo com a direção Abelardo Figueiredo, depois eu fui para o Rio de Janeiro e fiquei três meses no Velho Galeão com um grande patrocínio. Quando eu estava atuando, o Scala iria inaugurar um espetáculo, e Paulo Max e Maurício Sherman vieram me ver e contrataram para ser a estrela desta grande casa de espetáculos, ao lado do meu grande ídolo Grande Otelo. Eu era fã dele desde garotinha. 9. O penúltimo disco lançado no Brasil foi intitulado (Por Causa de Você) contém as seguintes músicas: “Privação de Sentidos”, que foi conhecida por fazer parte da personagem Françoise Forton da novela “Sonho Meu”. Esta música é muito linda e foi a que mais tocou. 10. O show #Watusi 50 anos em comemoração ao meio século de sua carreira fama internacional foi comemorado em 2019, você pretende continuar em 2021 e 2022? Como é bom a gente comemorar os anos que a gente tem de vida e carreira. Esse show foi uma comemoração junto com vários amigos, Celso Bailarino, Celso de Almeida, etc. O primeiro show que eu fiz foi no Teatro Baden Powell, em homenagem à primavera na qual todas as pessoas vinham vestidas à caráter de flores. Foi a primeira vez que foi feito no Brasil e que eu gostaria de fazer todos os anos, mas com a pandemia não deu para fazer. 11. É verdade que você está preparando um novo CD e será tema de livro? Conte nos sobre este projeto. É verdade, estou preparando um CD com o José Milton. Inclusive, vai ter o mesmo título do espetáculo que nós montamos: chama-se Back to Rio, que é o grande espetáculo que eu quero fazer no Rio de Janeiro. Estamos na fase de escolha de repertório, escrevemos eu e minha sócia, Glória Araújo, que é uma grande compositora. 12. Para encerrar qual a mensagem você deixa, para quem tem sonho de gostaria de seguir a carreira artística? A primeira coisa que você precisa fazer é parar e pensar no seu objetivo, e eu sempre digo “escreva na sua pele o que você quer ser”, mas não apenas escreva, trabalhe para que isso aconteça. Muitas portas fecharão para você, mas se você encontrar uma janela, faça dela a maior portão da sua vida. Nunca deixe que as pessoas te diminuam por ter algo que os outros não gostam, acredite no que você é e no que você pode proporcionar a si mesmo. "Muitas pessoas me viram brilhar no Moulin Rouge e no Scala Rio, mas agora você e seus amigos podem ter um momento exclusivo comigo!" CRÉDITOS: EMPRESÁRIOS DA CANTORA WATUSI Rodrigo Zampronni: Direção Geral FOTOGRAFIA Luis Teixeira Mendes: Fotógrafo da Capa REVISTA MAISBONITA André Lap: CEO & Diretor de Design, Webdesign e Marketing ENTREVISTA POR Jo Ribeiro: CEO & Jornalista Fonte: revistamaisbonita.com
Achei o nome muito legal porque na \u00e9poca eu ia gravar a m\u00fasica \u201cPata Pata\u201d e quando o H\u00e9lcio me perguntou se eu j\u00e1 tinha escolhido eu disse \u201cMeu nome agora vai ser Watusi!\u201d e ele respondeu \u201cGostei, \u00e9 um nome forte e a partir de hoje te chamarei de Watusi.\u201d e foi assim.
Quando ele me ofereceu para gravar a m\u00fasica \u201cPata Pata\u201d, eu ouvi e falei para ele que n\u00e3o gravaria porque eu n\u00e3o poderia fazer melhor do que a pr\u00f3pria autora que \u00e9 a Miriam Makeba, mas eu estava disposta a defender esta m\u00fasica nas r\u00e1dios e nas televis\u00f5es, e foi assim que aconteceu. Em todos os programas de grande sucesso como Roberto Carlos, Wilson Simonal, Chacrinha, eu sempre cantei a m\u00fasica e lancei a moda de dan\u00e7ar de pernas de fora e descal\u00e7a, eu movimentava muito bem, e assim as pessoas come\u00e7aram a dan\u00e7ar assim nas discotecas e diziam que era a dan\u00e7a do \u201cPata Pata\u201d, mas era s\u00f3 o meu jeito de dan\u00e7ar.<\/p>
Eu participei do \u00faltimo concurso do Abrah\u00e3o Medina \u201cUm Cantor por Um Milh\u00e3o, Um Milh\u00e3o por Uma Can\u00e7\u00e3o\u201d, sendo que o \u00faltimo programa foi chamado de \u201cUm Cantor por Dez Milh\u00f5es, Dez Milh\u00f5es por Uma Can\u00e7\u00e3o\u201d e que coincidentemente seria transmitido pela TV Globo, fiquei em segundo lugar perdendo por meio ponto para o primeiro lugar, que foi o Erley Jos\u00e9. Eu n\u00e3o fui descoberta pelo Abrah\u00e3o Medina, mas participei tamb\u00e9m deste grande programa que ele tinha. E tamb\u00e9m a gravadora que estava participando deste concurso era a minha gravadora, que era a CBS na \u00e9poca.<\/p>
Depois que muitas coisas que aconteceram, viagens minhas pelo Brasil cantando a m\u00fasica \u201cPata Pata\u201d e fazendo esses grandes programas de televis\u00e3o, eu conheci Abelardo Santos atrav\u00e9s de um amigo meu, que \u00e9 um grande bailarino de frevo aqui do Brasil.
Eu fui convidada para lan\u00e7ar um p\u00f4ster, acho que foi pelo jornal. Estava saindo da loja do Ari Lombardi, pai do Rodrigo Lombardi, quando o jornalista me chamou para saber se eu estaria predisposta a fazer fotografias para sair no p\u00f4ster e eu falei \u201cL\u00f3gico que sim!\u201d. Era aquele p\u00f4ster com Marlon Brando, Brigitte Bardot, Roberto Carlos... eu at\u00e9 fiquei espantada e disse \u201cMas eu n\u00e3o tenho dinheiro para pagar o senhor.\u201d mas ele me respondeu \u201cN\u00e3o, eu \u00e9 quem deveria te pagar\u201d. Fiz as fotografias e 15 dias depois os p\u00f4steres foram espalhados por todo o Brasil em grandes lojas e livrarias.
E foi atrav\u00e9s disso que fui apresentada ao dono da Brasiliana Ballet, Miecio Askanasy, que estava procurando a mo\u00e7a do p\u00f4ster. Abelardo havia trabalhado l\u00e1 e a Brasiliana estava voltando, foi quando ele disse que me conhecia e que \u00e9ramos amigos. Eu assinei um contrato com ele, ganhando 240 d\u00f3lares por m\u00eas, o que foi incr\u00edvel j\u00e1 que meu sonho sempre foi viajar pelo mundo e fazer sucesso. Na verdade, com 7 anos eu j\u00e1 programei a minha vida, e essa era para mim uma grande oportunidade de estar em um grande grupo.<\/p>
Brasiliana\u00a0como cantora,\u00a0e quando estava\u00a0no hotel assisti\u00a0pela TV em Studgart o show da Shirley MacLaine? Foi quando eu disse que queria fazer exatamente o que ela fazia, cantar e\u00a0dan\u00e7ar. Tive ajuda de alguns\u00a0colegas como os saudosos\u00a0Ze\u00a0Maria, Abelardo dos Santos,\u00a0Carl\u00e3o e\u00a0do core\u00f3grafo Walter Ribeiro.
Quando eu sa\u00ed da Brasiliana Ballet cinco anos depois, eu resolvi parar em Barcelona porque n\u00f3s j\u00e1 hav\u00edamos feito duas apresenta\u00e7\u00f5es no Teatro Vit\u00f3ria na cidade, e o diretor sempre me disse que o sonho dele seria que um dia eu fosse a estrela em seu teatro. Ent\u00e3o da segunda vez que eu estive no Teatro Vit\u00f3ria com a Brasiliana Ballet, eu resolvi parar, porque a Brasiliana j\u00e1 n\u00e3o era mais o que eu almejava e eu resolvi pensar grande.
Assinei um contrato com o Teatro Vit\u00f3ria, sendo que antes disso eu tinha assinado um contrato para fazer uma turn\u00ea em Alicante, onde tinha um grupo de DJ\u2019s que estavam montando um espet\u00e1culo e queriam uma estrela mulher e eram meus f\u00e3s. Aceitei o convite e ensaiei por 6 meses. Depois desse per\u00edodo, eu recebi um contrato e um telefonema do diretor do Teatro Vit\u00f3ria dizendo que eu teria que estar de volta para estrear o pr\u00f3ximo espet\u00e1culo.
Fiquei dois anos no Teatro Vit\u00f3ria em Barcelona, e entre o primeiro espet\u00e1culo e o segundo eu tinha feito um m\u00eas de bal\u00e9 no Copa Rio, o diretor da casa de esporte ficava sempre encantado comigo e eu fiquei mais ou menos 15 dias por l\u00e1. Quando eu estava terminando o primeiro espet\u00e1culo Stardust em Barcelona, ele viu meu nome em cartaz e perguntou se era eu mesma. Marcamos para jantar e ele disse que tinha um amigo empres\u00e1rio de Mississippi e que seria interessante se entre um espet\u00e1culo e outro, eu fizesse uma turn\u00ea por toda a C\u00f4te d'Azur. Ent\u00e3o meu marido levou meu curr\u00edculo para Mississippi, eu conheci o empres\u00e1rio e fiz a turn\u00ea pela C\u00f4te d'Azur.<\/p>
Quando estava terminando o espet\u00e1culo do Moulin Rouge que eu recusei, Jacki Clerico e Ruggero Angeletti foram at\u00e9 Barcelona e me contataram para ser a estrela do espet\u00e1culo \u201cFrenesi 80\u201d que foi de 1978 a 1982, sem saber que eu era a mo\u00e7a que recusou estar l\u00e1 para ganhar pouqu\u00edssimo dinheiro em quase nada de representatividade brasileira, cantando uma m\u00fasica de um minuto e meio. Eu sempre digo que as pessoas tem que ter coragem de dar um passo para tr\u00e1s porque voc\u00ea ganha impulso para alcan\u00e7ar onde voc\u00ea quer chegar.<\/p>
Paris e Nova Iorque n\u00e3o costumam pagar bem porque quando voc\u00ea faz sucesso nestas duas cidades, voc\u00ea faz sucesso no mundo inteiro, ent\u00e3o voc\u00ea reduz o seu sal\u00e1rio para alcan\u00e7ar o estrelato, e ainda assim eu ganhava muito bem: vinte e poucos mil d\u00f3lares de sal\u00e1rio era algo que o Moulin Rouge nunca tinha feito.
Al\u00e9m de eu me sentir fabulosa, com a imprensa do mundo inteiro toda a meu favor e me elogiando ao extremo, foi muito importante ser reconhecida com as grandes revistas falando sobre a brasileira Watusi no Moulin Rouge, que ganhou fama internacional atrav\u00e9s do seu trabalho.<\/p>
O lugar estava super lotado, tinha jornalista sentado no ch\u00e3o para poder assistir esse grande evento da UNICEF, e foi isso.\u00a0
\u00a0<\/p>
Mas ele \u00e9 uma pessoa incr\u00edvel, considero ele um dos maiores atores do mundo. Um cara super simples e generoso, o tipo de pessoa que se voc\u00ea o convidasse para comer na sua casa sentado no ch\u00e3o, ele iria com o maior prazer. Ele n\u00e3o gostava dessas coisas de paparazzi. Uma vez a gente estava passeando em Ipanema e ele me perguntou \u201cVoc\u00ea acha que eu vou ser reconhecido aqui na rua?\u201d e eu respondi \u201cRobert, voc\u00ea acha que algu\u00e9m vai acreditar que encontrou Robert de Niro no meio da rua?\u201d, ele riu e disse \u201cAh \u00e9 verdade!\u201d. Imagina voc\u00ea namorar uma pessoa que voc\u00ea \u00e9 f\u00e3, realmente \u00e9 algo incr\u00edvel.<\/p>
Foram 1.500 dias de shows ininterruptos e acontece que como o Scala fez 1.500 dias e eu nunca faltei, eu espero que eu realmente possa entrar para o Guiness Book porque eu fiz tudo para nunca faltar e conseguir o recorde. Vou pedir ao Chico Recarey para assinar esse documento que eu preciso para estar nesse livro, que \u00e9 importante para a minha hist\u00f3ria e conclus\u00e3o do meu sonho.
Eu agrade\u00e7o muito ao Chico Recarey, ele \u00e9 um grande homem da noite brasileira, principalmente carioca, ele tamb\u00e9m \u00e9 muito generoso, as pessoas iam pra l\u00e1 e eram muito bem atendidas. Os espet\u00e1culos da Scala dirigidos pelo Maur\u00edcio Sherman eram maravilhosos e com muito requinte e bom gosto, onde vinham pessoas do mundo inteiro (que \u00e0s vezes tinham que esperar 15 dias ou um m\u00eas para conseguir ingressos) para ver o Golden Rio. Infelizmente, hoje a casa de espet\u00e1culos est\u00e1 inativa. Espero que um dia algu\u00e9m tome esta iniciativa para que o Rio volte a ser o Rio de outrora, a Cidade Maravilhosa.
E este, na verdade, tamb\u00e9m \u00e9 meu plano: resgatar uma casa noturna para trazer grandes espet\u00e1culos para a cidade mais linda do mundo.<\/p>
\u2022 Brigas
\u2022 Que Ser\u00e1?
\u2022 Risque
\u2022 Por Causa de Voc\u00ea
\u2022 Priva\u00e7\u00e3o de Sentidos
\u2022 \u00daltimo Desejo
\u2022 Segredo
\u2022 Matriz ou Filial
\u2022 Quest\u00f5es Mal Resolvidas
\u2022 Que Queres Tu de Mim
\u2022 Tete a Tete
\u2022 Nem eu
Qual delas \u00e9 a sua favorita e voc\u00ea n\u00e3o pode deixar de cantar em seu show?<\/strong><\/p>
As outras m\u00fasicas foram uma escolha que eu realmente sempre quis cantar, como a \u201cPor Causa de Voc\u00ea\u201d; que \u00e9 inclusive o t\u00edtulo do meu primeiro CD; \u201cQue Ser\u00e1?\u201d da Dalva de Oliveira; da qual eu era muito f\u00e3; \u201cRisque\u201d, que foi a m\u00fasica com que eu fui fazer teste na Globo e que cantava em todos os programas que eu participava porque sabia que ganhava sempre. Tem m\u00fasicas maravilhosas como \u201cMatriz ou Filial\u201d, \u201cQue Queres Tu de Mim\u201d e \u201cTete a Tete\u201d do Altay Veloso, que \u00e9 um grande compositor, e \u201cQuest\u00f5es Mal Resolvidas\u201d que \u00e9 do Byafra e que para mim \u00e9 a m\u00fasica mais bonita do meu CD.<\/p>
Ent\u00e3o eu conheci Rodrigo Zampronni e Andr\u00e9 Auler e n\u00f3s fizemos outros espet\u00e1culos, como no Net Rio, com aux\u00edlio dessas pessoas que t\u00eam muito carinho. Eu sempre digo que todas essas pessoas que se aproximam da gente, de um jeito ou de outro tentando ajudar, \u00e0s vezes n\u00e3o t\u00eam uma grande forma de poder ajudar, mas o pouco que elas tentam j\u00e1 \u00e9 o bastante para o artista. \u00c9 importante que as pessoas que n\u00f3s encontramos sempre tenham capacidade de querer nos ajudar quando precisamos, como o fot\u00f3grafo Luis Teixeira Mendes que fez a capa desta revista e muitos outros, e por isso eu sempre agrade\u00e7o.<\/p>
Andr\u00e9 Auler<\/a>\u00a0e\u00a0Rodrigo Zampronni<\/a><\/p>
N\u00f3s vamos fazer um pr\u00e9-lan\u00e7amento do CD, porque, de verdade, estou sempre voltando para o Rio de Janeiro. Eu adoro a cidade onde eu fui criada. Nasci em Niter\u00f3i, no Caramujo, mas eu fui criada mesmo no Rio de Janeiro.<\/p>
Voc\u00ea tem que se gostar, gostar do que voc\u00ea est\u00e1 fazendo, gostar do que voc\u00ea vai mostrar para as outras pessoas. O mais importante \u00e9 perseverar no seu ideal. Enquanto voc\u00ea viver a sua carreira, a luta est\u00e1 dentro de voc\u00ea, e eu fa\u00e7o isso objetivamente: todos os dias eu trabalho para que a minha carreira tenha o segmento que eu sempre sonhei na minha vida.
Eu quero agradecer a Revista MaisBonita por me dar a oportunidade de mostrar para as pessoas, agora a revista n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 bonita, mas voc\u00eas s\u00e3o lindos, muito obrigada!<\/p>
Entre em contato via Instagram ou WhatsApp e reserve seu lugar ou presenteie algu\u00e9m que voc\u00ea goste em uma data especial com esse encontro especial: pode ser um bate-papo pelo Zoom ou na casa da cantora com um almo\u00e7o preparado por ela mesma (respeitando protocolos de seguran\u00e7a e sa\u00fade).<\/p>
\u00a0<\/p>
Andr\u00e9 Auler<\/strong><\/a>: Dire\u00e7\u00e3o Art\u00edstica e Roteiro<\/p>
Marcelo Faustini<\/strong><\/a>
Rodrigo Zampronni<\/strong><\/a>
Andr\u00e9 Auler<\/strong><\/a><\/p>
Adriel Alves<\/strong>:\u00a0Webdesign
Aija Alves<\/strong>: Design<\/p>
Ao navegar, você concorda com nosso uso de cookies. FecharWATUSI
Cantora - Atriz - Intérprete - Bailarina
Achei o nome muito legal porque na época eu ia gravar a música “Pata Pata” e quando o Hélcio me perguntou se eu já tinha escolhido eu disse “Meu nome agora vai ser Watusi!” e ele respondeu “Gostei, é um nome forte e a partir de hoje te chamarei de Watusi.” e foi assim.
Quando ele me ofereceu para gravar a música “Pata Pata”, eu ouvi e falei para ele que não gravaria porque eu não poderia fazer melhor do que a própria autora que é a Miriam Makeba, mas eu estava disposta a defender esta música nas rádios e nas televisões, e foi assim que aconteceu. Em todos os programas de grande sucesso como Roberto Carlos, Wilson Simonal, Chacrinha, eu sempre cantei a música e lancei a moda de dançar de pernas de fora e descalça, eu movimentava muito bem, e assim as pessoas começaram a dançar assim nas discotecas e diziam que era a dança do “Pata Pata”, mas era só o meu jeito de dançar.
Eu participei do último concurso do Abrahão Medina “Um Cantor por Um Milhão, Um Milhão por Uma Canção”, sendo que o último programa foi chamado de “Um Cantor por Dez Milhões, Dez Milhões por Uma Canção” e que coincidentemente seria transmitido pela TV Globo, fiquei em segundo lugar perdendo por meio ponto para o primeiro lugar, que foi o Erley José. Eu não fui descoberta pelo Abrahão Medina, mas participei também deste grande programa que ele tinha. E também a gravadora que estava participando deste concurso era a minha gravadora, que era a CBS na época.
Depois que muitas coisas que aconteceram, viagens minhas pelo Brasil cantando a música “Pata Pata” e fazendo esses grandes programas de televisão, eu conheci Abelardo Santos através de um amigo meu, que é um grande bailarino de frevo aqui do Brasil.
Eu fui convidada para lançar um pôster, acho que foi pelo jornal. Estava saindo da loja do Ari Lombardi, pai do Rodrigo Lombardi, quando o jornalista me chamou para saber se eu estaria predisposta a fazer fotografias para sair no pôster e eu falei “Lógico que sim!”. Era aquele pôster com Marlon Brando, Brigitte Bardot, Roberto Carlos... eu até fiquei espantada e disse “Mas eu não tenho dinheiro para pagar o senhor.” mas ele me respondeu “Não, eu é quem deveria te pagar”. Fiz as fotografias e 15 dias depois os pôsteres foram espalhados por todo o Brasil em grandes lojas e livrarias.
E foi através disso que fui apresentada ao dono da Brasiliana Ballet, Miecio Askanasy, que estava procurando a moça do pôster. Abelardo havia trabalhado lá e a Brasiliana estava voltando, foi quando ele disse que me conhecia e que éramos amigos. Eu assinei um contrato com ele, ganhando 240 dólares por mês, o que foi incrível já que meu sonho sempre foi viajar pelo mundo e fazer sucesso. Na verdade, com 7 anos eu já programei a minha vida, e essa era para mim uma grande oportunidade de estar em um grande grupo.
Brasiliana como cantora, e quando estava no hotel assisti pela TV em Studgart o show da Shirley MacLaine? Foi quando eu disse que queria fazer exatamente o que ela fazia, cantar e dançar. Tive ajuda de alguns colegas como os saudosos Ze Maria, Abelardo dos Santos, Carlão e do coreógrafo Walter Ribeiro.
Quando eu saí da Brasiliana Ballet cinco anos depois, eu resolvi parar em Barcelona porque nós já havíamos feito duas apresentações no Teatro Vitória na cidade, e o diretor sempre me disse que o sonho dele seria que um dia eu fosse a estrela em seu teatro. Então da segunda vez que eu estive no Teatro Vitória com a Brasiliana Ballet, eu resolvi parar, porque a Brasiliana já não era mais o que eu almejava e eu resolvi pensar grande.
Assinei um contrato com o Teatro Vitória, sendo que antes disso eu tinha assinado um contrato para fazer uma turnê em Alicante, onde tinha um grupo de DJ’s que estavam montando um espetáculo e queriam uma estrela mulher e eram meus fãs. Aceitei o convite e ensaiei por 6 meses. Depois desse período, eu recebi um contrato e um telefonema do diretor do Teatro Vitória dizendo que eu teria que estar de volta para estrear o próximo espetáculo.
Fiquei dois anos no Teatro Vitória em Barcelona, e entre o primeiro espetáculo e o segundo eu tinha feito um mês de balé no Copa Rio, o diretor da casa de esporte ficava sempre encantado comigo e eu fiquei mais ou menos 15 dias por lá. Quando eu estava terminando o primeiro espetáculo Stardust em Barcelona, ele viu meu nome em cartaz e perguntou se era eu mesma. Marcamos para jantar e ele disse que tinha um amigo empresário de Mississippi e que seria interessante se entre um espetáculo e outro, eu fizesse uma turnê por toda a Côte d'Azur. Então meu marido levou meu currículo para Mississippi, eu conheci o empresário e fiz a turnê pela Côte d'Azur.
Quando estava terminando o espetáculo do Moulin Rouge que eu recusei, Jacki Clerico e Ruggero Angeletti foram até Barcelona e me contataram para ser a estrela do espetáculo “Frenesi 80” que foi de 1978 a 1982, sem saber que eu era a moça que recusou estar lá para ganhar pouquíssimo dinheiro em quase nada de representatividade brasileira, cantando uma música de um minuto e meio. Eu sempre digo que as pessoas tem que ter coragem de dar um passo para trás porque você ganha impulso para alcançar onde você quer chegar.
Paris e Nova Iorque não costumam pagar bem porque quando você faz sucesso nestas duas cidades, você faz sucesso no mundo inteiro, então você reduz o seu salário para alcançar o estrelato, e ainda assim eu ganhava muito bem: vinte e poucos mil dólares de salário era algo que o Moulin Rouge nunca tinha feito.
Além de eu me sentir fabulosa, com a imprensa do mundo inteiro toda a meu favor e me elogiando ao extremo, foi muito importante ser reconhecida com as grandes revistas falando sobre a brasileira Watusi no Moulin Rouge, que ganhou fama internacional através do seu trabalho.
O lugar estava super lotado, tinha jornalista sentado no chão para poder assistir esse grande evento da UNICEF, e foi isso.
Mas ele é uma pessoa incrível, considero ele um dos maiores atores do mundo. Um cara super simples e generoso, o tipo de pessoa que se você o convidasse para comer na sua casa sentado no chão, ele iria com o maior prazer. Ele não gostava dessas coisas de paparazzi. Uma vez a gente estava passeando em Ipanema e ele me perguntou “Você acha que eu vou ser reconhecido aqui na rua?” e eu respondi “Robert, você acha que alguém vai acreditar que encontrou Robert de Niro no meio da rua?”, ele riu e disse “Ah é verdade!”. Imagina você namorar uma pessoa que você é fã, realmente é algo incrível.
Foram 1.500 dias de shows ininterruptos e acontece que como o Scala fez 1.500 dias e eu nunca faltei, eu espero que eu realmente possa entrar para o Guiness Book porque eu fiz tudo para nunca faltar e conseguir o recorde. Vou pedir ao Chico Recarey para assinar esse documento que eu preciso para estar nesse livro, que é importante para a minha história e conclusão do meu sonho.
Eu agradeço muito ao Chico Recarey, ele é um grande homem da noite brasileira, principalmente carioca, ele também é muito generoso, as pessoas iam pra lá e eram muito bem atendidas. Os espetáculos da Scala dirigidos pelo Maurício Sherman eram maravilhosos e com muito requinte e bom gosto, onde vinham pessoas do mundo inteiro (que às vezes tinham que esperar 15 dias ou um mês para conseguir ingressos) para ver o Golden Rio. Infelizmente, hoje a casa de espetáculos está inativa. Espero que um dia alguém tome esta iniciativa para que o Rio volte a ser o Rio de outrora, a Cidade Maravilhosa.
E este, na verdade, também é meu plano: resgatar uma casa noturna para trazer grandes espetáculos para a cidade mais linda do mundo.
• Brigas
• Que Será?
• Risque
• Por Causa de Você
• Privação de Sentidos
• Último Desejo
• Segredo
• Matriz ou Filial
• Questões Mal Resolvidas
• Que Queres Tu de Mim
• Tete a Tete
• Nem eu
Qual delas é a sua favorita e você não pode deixar de cantar em seu show?
As outras músicas foram uma escolha que eu realmente sempre quis cantar, como a “Por Causa de Você”; que é inclusive o título do meu primeiro CD; “Que Será?” da Dalva de Oliveira; da qual eu era muito fã; “Risque”, que foi a música com que eu fui fazer teste na Globo e que cantava em todos os programas que eu participava porque sabia que ganhava sempre. Tem músicas maravilhosas como “Matriz ou Filial”, “Que Queres Tu de Mim” e “Tete a Tete” do Altay Veloso, que é um grande compositor, e “Questões Mal Resolvidas” que é do Byafra e que para mim é a música mais bonita do meu CD.
Então eu conheci Rodrigo Zampronni e André Auler e nós fizemos outros espetáculos, como no Net Rio, com auxílio dessas pessoas que têm muito carinho. Eu sempre digo que todas essas pessoas que se aproximam da gente, de um jeito ou de outro tentando ajudar, às vezes não têm uma grande forma de poder ajudar, mas o pouco que elas tentam já é o bastante para o artista. É importante que as pessoas que nós encontramos sempre tenham capacidade de querer nos ajudar quando precisamos, como o fotógrafo Luis Teixeira Mendes que fez a capa desta revista e muitos outros, e por isso eu sempre agradeço.
André Auler e Rodrigo Zampronni
Nós vamos fazer um pré-lançamento do CD, porque, de verdade, estou sempre voltando para o Rio de Janeiro. Eu adoro a cidade onde eu fui criada. Nasci em Niterói, no Caramujo, mas eu fui criada mesmo no Rio de Janeiro.
Você tem que se gostar, gostar do que você está fazendo, gostar do que você vai mostrar para as outras pessoas. O mais importante é perseverar no seu ideal. Enquanto você viver a sua carreira, a luta está dentro de você, e eu faço isso objetivamente: todos os dias eu trabalho para que a minha carreira tenha o segmento que eu sempre sonhei na minha vida.
Eu quero agradecer a Revista MaisBonita por me dar a oportunidade de mostrar para as pessoas, agora a revista não é só bonita, mas vocês são lindos, muito obrigada!
Entre em contato via Instagram ou WhatsApp e reserve seu lugar ou presenteie alguém que você goste em uma data especial com esse encontro especial: pode ser um bate-papo pelo Zoom ou na casa da cantora com um almoço preparado por ela mesma (respeitando protocolos de segurança e saúde).
André Auler: Direção Artística e Roteiro
Marcelo Faustini
Rodrigo Zampronni
André Auler
Adriel Alves: Webdesign
Aija Alves: Design